terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O Impensável Conto de Ano Novo

Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo!

Hey hey seus lindos e lindas, Feliz 2013!
Muita prosperidade, paz, amor, consciência crítica e aprendizado pra todos nós.
Desde já esperando que não morramos na Tsunami prevista para esse ano O.o ( Uma das 350 profecias que devem ter pra esse ano ¬¬ Santa ignorância, mas Do What, né?)

       Bem pessoal, é o meu primeiro post do ano e eu fiquei  me perguntando sobre o que escrever, mas depois de pensar bem decidi que deveria contar uma pequena história. Ano novo, vida nova (ah tá!)Em 2013 o OIB vai explorar ainda mais o mundo da literatura e quem não gosta de uma boa história não é? Sendo assim quero iniciar meus trabalhos aqui com um dos meus gêneros preferidos: o conto. Prometo que você gostará, principalmente se gostar de ver a magia além das palavras. Esse pequeno Conto de Ano Novo (bem propício não? ^^), é uma espécie de mensagem minha para vocês, leiam com o coração. (Mas use os olhos ok? Ajuda que é uma beleza rsr’).

A MENINA DOS FÓSFOROS
Hans Christian Andersen
Fazia tanto frio! A neve não parava de cair na Europa, e a noite aproximava-se. Aquela era a última noite de dezembro, véspera do dia de Ano Novo. Perdida no meio do frio intenso e da escuridão, uma pobre menina seguia pela rua afora, com a cabeça descoberta e os pés descalços. É certo que ao sair de casa trazia um par de chinelos, mas não duraram muito tempo, porque eram uns chinelos que já tinham pertencido à mãe, e ficavam-lhe tão grandes, que a menina os perdeu quando teve de atravessar a rua correndo para fugir de um bonde. Um dos chinelos desapareceu no meio da neve, e o outro foi apanhado por um garoto que o levou, pensando fazer dele um berço para a irmã mais nova brincar

Por isso, a menina seguia com os pés descalços e já roxos de frio; levava no avental uma quantidade de fósforos, e estendia um maço deles a todos que passavam, dizendo: — Quer comprar fósforos bons e baratos? — Mas o dia tinha ido mal. Ninguém comprara os fósforos, e, portanto, ela ainda não conseguira ganhar um tostão. Sentia fome e frio, e estava com a cara pálida e as faces encovadas. Pobre criança! Os flocos de neve caíam-lhe sobre os cabelos compridos e loiros, que se encaracolavam graciosamente em volta do pescoço magrinho; mas ela nem pensava nos seus cabelos encaracolados. Através das janelas, as luzes vivas e o cheiro delicioso da carne assada chegavam à rua, porque era véspera de Ano Novo. Nisso, sim, é que ela pensava. Sentou-se no chão e encolheu-se no canto de uma varanda. Sentia cada vez mais frio, mas não tinha coragem de voltar para casa, porque não vendera um único maço de fósforos, e não podia apresentar nem uma moeda, e o padrasto malvado era capaz de lhe bater. E afinal, em casa também não havia calor. A família morava numa meia-água, um barraco, e o vento metia-se pelos buracos das telhas, apesar de terem tapado com farrapos e palha as fendas maiores. Tinha as mãos quase paralisadas com o frio. Ah, como o calorzinho de um fósforo aceso lhe faria bem! Se tirasse um, um só palito, do maço, e o acendesse na parede para aquecer os dedos...! Pegou num fósforo e: Fcht!, a chama espirrou e o fósforo começou a arder! Parecia a chama quente e viva de uma vela, quando a menina a tapou com a mão. Mas, que luz era aquela? A menina imaginou que estava sentada em frente de uma lareira cheia de ferros rendilhados, com um guarda-fogo de cobre reluzente. O lume ardia com uma chama tão intensa, e dava um calor tão bom! Mas, o que se passava? A menina estendia já os pés para se aquecer, quando a chama se apagou e a lareira desapareceu. E viu que estava sentada sobre a neve, com a ponta do fósforo queimado na mão.

Riscou outro fósforo, que se acendeu e brilhou, e o lugar em que a luz batia na parede tornou-se transparente como tule. E a menina viu o interior de uma sala de jantar onde a mesa estava coberta por uma toalha branca, resplandecente de louças delicadas, e mesmo no meio da mesa havia um ganso assado, com recheio de ameixas e puré de batata, que fumegava, espalhando um cheiro apetitoso. Mas, que surpresa e que alegria! De repente, o ganso saltou da travessa e rolou para o chão, com o garfo e a faca espetados nas costas, até junto da menina. O fósforo apagou-se, e a pobre menina só viu na sua frente a parede negra e fria.

Acendeu um terceiro fósforo. Imediatamente se viu ajoelhada debaixo de uma enorme árvore de Natal. Era ainda maior e mais rica do que outra que tinha visto no último Natal, através da porta envidraçada, em casa de um rico comerciante. Milhares de velinhas ardiam nos ramos verdes, e figuras de todas as cores, como as que enfeitam as vitrines das lojas, pareciam sorrir para ela. A menina levantou ambas as mãos para a árvore, mas o fósforo apagou-se, e todas as velas de Natal começaram a subir, a subir, e ela percebeu então que eram apenas as estrelas a brilhar no céu. Uma estrela maior do que as outras desceu em direção à terra, deixando atrás de si um comprido rastro de luz.

«Foi alguém que morreu», pensou para consigo a menina; porque a avó, a única pessoa que tinha sido boa para ela, mas que já não era viva, dizia-lhe à vezes: «Quando vires uma estrela cadente, é uma alma que vai a caminho do céu.»

Esfregou ainda mais outro fósforo na parede: fez-se uma grande luz, e no meio apareceu a avó, de pé, com uma expressão muito suave, cheia de felicidade!

— Avó! — gritou a menina — leva-me contigo! Quando este fósforo se apagar, eu sei que já não estarás aqui. Vais desaparecer como a lareira, como o ganso assado, e como a árvore de Natal, tão linda. Riscou imediatamente o punhado de fósforos que restava daquele maço, porque queria que a avó continuasse junto dela, e os fósforos espalharam em redor uma luz tão brilhante como se fosse dia. Nunca a avó lhe parecera tão alta nem tão bonita. Tomou a neta nos braços e, soltando os pés da terra, no meio daquele resplendor, voaram ambas tão alto, tão alto, que já não podiam sentir frio, nem fome, nem desgostos, porque tinham chegado ao reino de Deus.



Mas ali, naquele canto, junto do portal, quando rompeu a manhã gelada, estava caída uma menina, com as faces roxas, um sorriso nos lábios… morta de frio, na última noite do ano. O dia de Ano Novo nasceu, indiferente ao pequenino cadáver, que ainda tinha no regaço um punhado de fósforos. — Coitadinha, parece que tentou aquecer-se! — exclamou alguém. Mas nunca ninguém soube quantas coisas lindas a menina viu à luz dos fósforos, nem o brilho com que entrou, na companhia da avó, no Ano Novo. 

      E talvez agora você se pergunte “como assim?”, “qual é a dessa história triste?”, mas eu me pergunto o que você aprendeu com isso. Não é minha intenção entrar numa reflexão profunda sobre a vida ou o mundo ao nosso redor, quero somente brindar a uma coisa: a ESPERANÇA, que era tudo o que aquela linda garotinha tinha e a qual meus bolsos, gavetas, olhos e pensamentos estão cheios. Escolhi esse conto por causa da simplicidade e magia que ele exala, também porque essa história é sobre aproveitar momentos, querer mais, valorizar o que temos e que apesar das tragédias, a Esperança ainda pode deixar tudo bonito. Minha mensagem pra você é a vontade de viver acesa em cada chama daquela,  porque desejo que você aproveite cada faísca desse pequeno fósforo para sonhar e viver coisas maravilhosas, fazer acontecer ou pelo menos tentar em 2013. Se você quebrar a cara, não faz mal, faça uns curativos, espere sarar, chute alguns traseiros e tente de novo, porque se não for você a lutar, não será ninguém. Cara, desistir é o fundo do poço!  E tenho certeza absoluta  que você não é a Samanta. Mas se for ¬¬ "Corta essa cabelo e vai arrumar o que fazer já!" 
“Então, quantos fósforos você vai riscar em 2013?” 
      Ok, ok, então é isso galerinha, depois desse momento “Nossa! Isso quase mudou minha vida!” (Espere que mude mesmo rsrs’), desejo que esse novo ano te traga aprendizado mais que qualquer outra coisa, que você curta muito e seja muito feliz. Ah! Quando as coisas estiverem começando a congelar, não esqueça de acender seus fósforos, isqueiros, lamparinas, celulares ricos ou algo assim, o importante é não ficar sem luz. Faz um favor pra mim? Brilhe muito, tão forte quanto diamantes no céu em 2013.

Hugs e tudo de melhor, até logo!

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